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Ex-primeira-dama do tráfico: Danúbia Rangel é presa após parto em hospital no Rio

Rio de Janeiro — A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta semana Danúbia Rangel , conhecida nacionalmente como a “primeira-dama do...

Rio de Janeiro — A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta semana Danúbia Rangel, conhecida nacionalmente como a “primeira-dama do tráfico”, após ela dar à luz em uma maternidade da Zona Norte. Ex-companheira do notório traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, Danúbia estava foragida da Justiça desde 2022 e utilizava identidades falsas para escapar da polícia.

Foragida há dois anos, Danúbia foi localizada durante parto

Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Danúbia foi monitorada por semanas até os agentes confirmarem que ela daria entrada em uma maternidade para o parto. A operação foi realizada em sigilo, respeitando protocolos médicos. A prisão foi executada após a alta hospitalar, garantindo a segurança da mãe e do bebê.

A criminosa é apontada como peça-chave nas articulações do tráfico na Rocinha, mesmo após a prisão de Nem, em 2011. De acordo com investigações, ela continuava se comunicando com membros da organização e participando de decisões importantes dentro da comunidade.

O perfil de Danúbia Rangel e sua ligação com o tráfico

Danúbia ganhou notoriedade na mídia ainda na década de 2010 por ostentar luxo nas redes sociais, mesmo sendo associada a uma das facções mais violentas do Rio de Janeiro. Ela já havia sido presa em 2017, mas conseguiu liberdade e, após descumprir medidas judiciais, teve nova prisão decretada em 2022.

Acusada de associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e envolvimento com organização criminosa, Danúbia estava na mira das autoridades há anos. Seu relacionamento com Nem da Rocinha a projetou como uma figura influente do tráfico, e sua atuação persistente demonstrou que sua relevância ia além da fama de ex-mulher de um chefão do crime.

Desfecho e próximos passos da Justiça

Após a prisão, Danúbia foi encaminhada para uma unidade prisional feminina, onde aguardará audiência de custódia. O bebê, por enquanto, segue sob cuidados médicos, e o caso será avaliado pela Vara da Infância e Juventude. Pela legislação brasileira, mães presas com filhos recém-nascidos podem receber tratamento penal diferenciado, dependendo do contexto e das condições de saúde.

Essa prisão reforça a atuação da Polícia Civil no combate a lideranças históricas do tráfico, mesmo fora das favelas e após anos de perseguição. A imagem de Danúbia como “figura decorativa” do tráfico perde força diante de sua reincidência e do envolvimento direto com atividades criminosas.


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